Ficou mais conhecido pela acusação de supostamente ter sido simpatizante do regime nazista (em 1941 participou de uma mostra itinerante na Alemanha a convite e sob o patrocínio do líder nazista Joseph Goebbels) do que por sua obra.
Van Dongen, contudo, não foi recriminado apenas por ter aceitado o convite de Goebbels em 1941, mas também por ter traído seus valores ao deixar-se levar pelo brilho de uma Paris mais seleta.
Acusado de ser um “boêmio disfarçado de chique”, nunca negou seu gosto pela boa vida. Como escreveu em 1927, “viver é o quadro mais bonito; o resto nada mais é que uma pintura”.
Entre 1892 e 1897 costumava frequentar a “zona vermelha” do porto, pintando os marinheiros e as prostitutas que vagavam pelo espaço e trabalhava no diário Rotterdamsche Nieuwsblad.
Voltou à Holanda em 1901 e, em 1905, passou a expor no Salão de Outono, do qual também participaram Henri Matisse e André Derain, expoentes do fauvismo que escandalizaram os salões com suas cores fortes, vivas, agressivas, aplicadas em contrastes violentos.
Foi declaradamente anarquista e é possível que tenha se aproximado da tese nazista, o que contribuiu para que perdesse os favores do público e dos colecionadores antes mesmo de ter aceitado o convite de Goebbels
Faleceu em maio de 1968, em Mônaco.