Alguém carecia tornar vivos
os sonhos dos mortos
ou nascê-los de novo.
Como as folhas das árvores.
É que um sonho sozinho
não amadurece o destno.
E são muitos os sonhos
que entretecem
o largo balaio.
Porém basta um sonho
que alguém esqueceu distraído
para acordar os sentidos.
E acordar-se com eles,
abertos e ativos.
Mas alguém é a metade
do sonho
a outra metade ninguém.
(Carlos Nejar)