"Os sentidos são a nossa ponte entre o incompreensível e o compreensível”. Interessado pela pintura desde cedo, August Macke estudou em Bonn, na Academia de Belas Artes, e em Düsseldorf, na Escola de Artes e Ofícios. Sua vida transcorreu em Bonn e, ocasionalmente, no Lago de Thun, na Suíça. Também realizou diversas viagens a Paris, Itália, Holanda e Tunísia. Todas marcaram sua atividade artística, pelo contato com pintores como Cezanne, Matisse e Robert Delaunay em Paris, no início do século XX. Em 1910, através de seu amigo Franz Marc, conheceu Kandinsky e durante algum tempo compartilhou a estética não-objetiva e os interesses simbólicos e místicos do movimento expressionista Der Blaue Reiter (O cavaleiro Azul). Diante dos demais artistas do grupo, buscou a fusão entre forma e cor, em termos mais plásticos do que espirituais. A única obra expressionista concebida a partir de postulados mais abstratos foi Der Sturm, de 1911, reproduzida no catálogo da primeira exposição do grupo Der Blaue Reiter:
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o movimento expressionista alemão sofreu um forte abalo, embora sua influência tenha continuado a inspirar gerações de artistas, criando utopias similares. A carreira de Macke, porém, foi interrompida bruscamente por sua morte prematura, em 1914, no front de batalha. Entre seus últimos quadros se encontra a cena na plataforma se uma estação, antes da partida do trem que o levaria para a guerra: O mais importante e meritório na obra de Macke é observar como as mudanças em seu estilo se produzem de forma tão intensa em uma vida tão curta - viveu vinte e sei anos - e em como conseguiu criar uma arte tão pessoal que qualquer pessoa, ao contemplar seus quadros, o reconhece prontamente como "um Macke".
O peso do mundo
é o amor. Sob o fardo da solidão, sob o fardo da insatisfação o peso, o peso que carregamos é o amor. Quem pode negar? Em sonhos nos toca o corpo, em pensamento constrói um milagre, na imaginação extingue-se até nascer humano - salta do coração ardendo de pureza - pois o fardo da vida é o amor, mas suportamos o peso cansados, e então temos de descansar nos braços do amor oxalá, descansar nos braços do amor. Nenhum descanso sem amor, nenhum sono sem sonhos de amor - louco ou frio obcecado por anjos ou máquinas, o último desejo é o amor - não deve ser amargo, não deve negar não deve persistir se negar: o peso é demasiado - deve ser dado sem nada em troca como o pensamento é dado na excelência de seu excesso. Os corpos quentes brilham juntos no escuro, a mão se move para o centro da carne, a pele treme de contentamento e alma sobe contente até o olho - sim, sim, era o que eu queria, eu sempre quis, eu sempre quis, voltar ao corpo em que nasci. Allen Ginsberg |
A alma da palavra através de todas as suas possibilidades, revelando aos olhos a natureza do sentir e do pensar. O estímulo à leitura, à escrita e à criação e o auxílio para tornar possível essa magia...
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AutorNeiva Dutra Histórico
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